/eks waɪ ədˈventʃərəs/

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Flashfire #5

NOTA: Ao todo, contando Side Stories, Filmes, o Especial Season 2.5, Epílogos e Capítulos Comuns, este corresponde ao número 97. Faltam 3 Capítulos para o número 100.




A batalha acontecia em uma noite quente de começo de outono. A plateia estava lotada, os ingressos esgotados. Todos vieram para assistir a batalha final, e estavam muito animados para tal. O barulho que faziam, tocando cornetas, gritando, conversando, vaiando e aplaudindo dava pra ser ouvido há quilômetros dali, tamanha concentração de pessoas, todas reunidas em prol de um mesmo objetivo: a escolha de mais um treinador para participar da Liga dos Campeões.
 
        No topo da arena podia-se ver uma enorme tocha para a celebração do campeonato. Diziam que as chamas contidas naquela tocha vinham de um pokémon conhecido como Moltres e que suas três principais cores (amarelo, branco e vermelho) traziam esperança, coragem e motivação aos treinadores que participavam da liga.
       Uma ova, pensava Lysandre, porque os Moltres são pokémons lendários que dizem vir da região de Kanto, mas nem mesmo a própria população do país acredita na existência real e definitiva de tal pokémon. Fosse real ou não, lá estava a chama, brilhando calma e intensamente.
       Enquanto isso, no centro do estádio, a batalha final se desenrolava com rapidez e a presença assídua de diversas trocas de pokémons. Lysandre sabia que não podia deixar a menina vencer, e por isso, aplicou diversos truques de Status com seus pokémons, que estavam cada vez mais poderosos, encurralando a jovem chamada Diantha a cada pokémon que ela lançava.
Lysandre: Scyther, Razor Wind, depressa!
Diantha: Pumpkaboo, acabe com ele usando Dark Pulse!
 
Diantha: Amaura, use o Aurora Beam!
Lysandre: Inkay, Psybeam!
XY_Prerelease_Amaura_Aurora_Beam 
Lysandre: Gyarados, Flamethrower! Agora!
Diantha: Não perca essa chance, Tyrunt! Use Rock Tomb!
 
Diantha: Hawlucha, não desista! Levante-se e use o X-Scissor!
Lysandre: Honchkrow, Night Slash!
 
Lysandre: Honedge, tá na hora de dar um "up": Swords Dance!
Diantha: Mas o que ele está pensando? Sliggoo: Dragon Breath!
Swords_Dance 
       A Batalha durou relativamente rápido para a final de um torneio à nível de Liga Pokémon. Em 50 minutos, os dois já estavam em seu último pokémon. Do lado de Lysandre, seu Litleo agora evoluído em Pyroar, celebrava o momento cuspindo chamas para tudo quanto é lado. Junto à Diantha, porém, estava um pokémon misterioso, de aparência séria e um olhar severo, coisa que "o Exterminador" jamais vira durante qualquer desafio que já tenha tido.
       Agora a coisa estava difícil. Se os dois só tinham mais um pokémon, isso significava que quem vencesse aquela partida estaria levando o título de campeão. A tensão era tanta, que os dois mal atacavam. Ficavam se encarando. Mas isso era normal em partidas como aquela. Os treinadores mais demoravam analisando seus oponentes e tentando adivinhar sua estratégia, do que atacando.
       E assim a partida se desenrolou por mais cinco minutos. Diantha olhando firme para Lysandre e Lysandre olhando firme para Diantha. Gardevoir permanecia em sua pose de bailarina: na pontinha dos pés, e Pyroar estava por um fio de dar uma mordida em sua adversária.
       — Pyroar, use--
       Mas Lysandre foi interrompido por Diantha. parece que a garota estava esperando o momento perfeito pra isso.
       — Gardevoir: Supere a Evolução: MEGA SHINKA!
 
 
       De repente, no meio da competição, Gardevoir começa a brilhar e brilhar em um tom de rosa alaranjado, e seu corpo começa a mudar. O Vestido alonga-se, os espinhos em seu tosto tornam-se mais pontiagudos e, ao parar de piscar e disparar fogos de artifício pela arena, Gardevoir já não era mais a mesma. Era um pokémon completamente novo. Misteriosamente renovado e misteriosamente mais poderoso.
       — O que diabos é isso? — Lysandre ficou sem falas ao ver, pela primeira vez na vida, aquela transformação titânica de um pokémon normal em um pokémon mega evoluído. E foi aí que ele errou. — Flame Wheel, Pyroar!
       O Leão de Lysandre criou uma roda de fogo no chão, prendendo Gardevoir em um círculo perfeito, que vinha ficando menor e menor até apertar o tipo psíquico como paredes egípcias que se movem até esmagar o intruso. Mega Gardevoir estava encurralada, sem nenhuma saída. Mas será mesmo que Diantha não ia fazer nada para se defender?
       — Saia daí com o Psychic! — Berrou Diantha, fazendo com que Gardevoir pulasse utilizando sua força telecinética para forçar um voo de escape. Estava agora livre das chamas de Pyroar.
       — AAAAAHHHH! — Lysandre gritou ao ver a incrível agilidade que Gardevoir utilizara ao esquivar-se do Flame Wheel. Era impressionante. Até mesmo seus reflexos estavam mais rápidos agora que Diantha a "transformou".
 
       — Echoed Voice, Pyroar! — Lysandre apelou. Ele precisava vencer aquela luta, custasse o que custasse. E Pyroar deu um rugido tão alto, mas tão alto, que fez a multidão que assitia a luta se calar em um terrível silêncio que chegava a fazer eco.
       Mega Gardevoir fora atingida com tudo pelas ondas de som, que espalharam-se pelo campo tão rápido quanto foram projetadas. Era inútil tentar escapar dos Echoed Voices de Pyroar, disso Diantha tinha certeza. Mas ela queria acabar aquela luta o mais rápido possível, para então ser declarada Campeã da Conferência de Parisia e ser recebida na Liga de Campeões.
       — Gardevoir: Moonblast! Agora!
 
       Escolheu um movimento tipo Fada. Podia ser que fosse a sua chance de vencer. E assim foi: Gardevoir criou e disparou uma bola de energia multi-colorida pro céu negro da noite da vitória e lá a esfera uniu-se ao brilho da lua, descendo na forma de um raio de energia super hiper ultra mega poderoso...
       — AAAAHHHH! Pyroar, evasiva! EVASIVA!
       Mas era tarde demais para se esquivar. A explosão causada por Mega Gardevoir foi tamanha que os próprios treinadores que estavam batalhando foram jogados para trás com o impacto. Lysandre voou de costas e bateu com a cabeça em uma haste de ferro, mas por sorte, fora de raspão. Diantha, por outro lado, caiu na areia e não se machucou.
 
       Ao abrir os olhos, o garoto conhecido como "O Exterminador" de líderes de ginásio correu para seu pokémon, desejando que o mal não tivesse acontecido. A poeira abaixara tão rápido quanto se formara e havia uma cratera escavada na terra ao redor do corpo inerte de Pyroar. Fora um golpe e tanto, mas Lysandre não podia desistir. Ele precisava que Pyroar se levantasse e continuasse a batalhar. Eles já tinham enfraquecido Gardevoir anteriormente e o pequeno Lysandre sabia que se eles insistissem, a maldita Diantha estaria fora de seu caminho pra sempre.
       Mas não foi bem assim que aconteceu. Ao chegar em Pyroar, Lysandre começou a chorar. O árbitro então percebeu o que o garoto vira: os olhos do pokémon revirando, indicando a derrota e o nocaute. Diantha o vencera. Ela era a nova Campeã da Conferência de Parisia.
       — Pyroar está fora de combate! A vitória vai para Diantha e sua Gardevoir.
       — NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOO!!!!

       Quando abriu os olhos, Lysandre já não era mais um garoto. Tinha o corpo maior e completamente desenvolvido, estava mais alto e a barba ruiva lhe cobria o rosto. Estava com seus 23 anos novamente, e lembrara-se que aquela batalha havia ocorrido há muito tempo: não havia motivo pra ele ficar rancoroso agora. Mas... Por que aquelas lembranças voltaram com tudo? Como se fossem reais? E logo agora?
       Então identificou onde estava: em um beco. Um beco na cidade Lumiose! Sim, ele estava ali e agora se lembrava do que estava acontecendo! Ele correu para proteger-se de um ataque dos homens de preto quando de repente... De repente ele avistou um pokémon flutuando, vindo em sua direção e... Então a Liga de Parisia voltou à sua mente, como se ele tivesse vivido aquela batalha pela segunda vez na sua vida! Uma lembrança perfeitamente extraída de sua memória por... É claro! Poderes Psíquicos!
       — Você... — Lysandre, meio grogue, começou a falar, apontando para o vulto que o encarava dos pés à cabeça. — Não devia ter visto isso... Mewtwo. É... Particular.
       E o pokémon respondeu telepaticamente:
       — Treinadores que perderam honestamente não devem ter vergonha de seu fracasso! Você falhou, Lysandre, mas a bondade está em seu coração! Eu posso sentir isso.
       — Então... O que você quer comigo? — Perguntou o homem que acabara de perceber que sua mente havia sido invadida pelo lendário clonado.
       — Estou reunindo um exército. Pessoas comuns, trabalhadores... Mas treinadores excepcionalmente bons. Minha fuga da Equipe Rocket acaba aqui e agora. Vamos realizar uma rebelião contra os Rockets, e vamos apagá-los da história de Parisia. Você aceita?
       Lysandre pensou por um momento. Ia dizer "Sim", mas então uma força maior o puxou pra baixo. Algo como uma sede de poder ou uma ganância tremenda que o fez pensar duas vezes antes de responder. Mega Mewtwo Y estava lhe pedindo ajuda... Nada como uma troca de favores numa hora daquelas.
       — Tudo bem. — respondeu. — Mas com uma condição!
       — Condição? Que condição?
       — Quando tudo isso acabar... Eu quero quee você me ajude com... bem... uma coisa...
       — Certo. — disse Mewtwo, fitando os olhos de Lysandre. — Você já enfrentou a mesma energia que percorre meu corpo mega transformado e deu o seu melhor para vencer, acreditou no poder de seus pokémons, e mesmo perdendo a batalha, venceu na vida. Não vejo como não posso confiar em um homem tão puro como você...
       — Heheh... Esse vai ser o começo deu uma grande amizade...

FIM DOS FLASHFIRES

Flashfire #4

NOTA: Ao todo, contando Side Stories, Filmes, o Especial Season 2.5, Epílogos e Capítulos Comuns, este corresponde ao número 96. Faltam 4 Capítulos para o número 100.




Nunca sentira tanta vontade de vencer como naqueles dias. Sua vida tinha mudado da água pro vinho e agora ele desfrutava do outro lado da moeda. Se tudo desse certo, ele só precisava derrotar uma menina toda patricinha na final da Conferência da Liga Pokémon e então... Ah, ele poderia entrar para a Liga dos Campeões, para desafiar a Elite dos 4 e então destronar o homem que tanto odiava, o homem que o abandonara durante sua vida toda, o homem que deixou sua mãe para morrer, cuidando sozinha de uma criança em "fase terminal". O Campeão, o maldito Campeão da Liga de Parisia era seu maior inimigo, era seu pai.
       Como ele obtivera essa informação não interessava agora e, de qualquer maneira, ele não precisou de muita coisa para que a verdade fosse revelada. Durante seus oito desafios de ginásio, o garotinho ganhou a fama de "O Exterminador". Isso porque mesmo ele sendo tão magérrimo, desnutrido, raquítico e esquelético, sempre achava um jeito de esmagar seus adversários, levando embora as oito insígnias tão fácil quanto respirar.
       Mas o Exterminador, era só uma criança que tivera muitos traumas em sua infância e, mesmo com tanta habilidade no competitivo, sentia-se nervoso perante um novo desafio. Então, naquela noite antes da partida decisiva, antes do menino conseguir conquistar o título de Campeão, ele se levantou inquieto à meia-noite e começou a caminhar pra lá e pra cá no quarto do hotel onde se hospedara: em frente ao grande castelo da Liga Parisia.
       — Está tão perto... — Falara consigo mesmo enquanto analisava os novos tênis e a roupa de grife que comprara para participar do evento. Não podia aparecer na televisão de qualquer jeito, é claro. Ele tinha plena certeza de que quando erguesse o troféu da Liga, todas as câmeras focariam nele.
       Dinheiro já não era mais problema. Graças ao Professor Patrice, que o acolheu e lhe entregou Litleo como seu primeiro parceiro pokémon. Desde então, o exterminador derrotara cada um de seus oponentes, capturando novos pokémons e adquirindo muito, mas muito dinheiro. Metade da renda mensal, é claro, ele dava para o pobre reverendo em Geosenge Town, e o resto ele usava para comprar mais itens de treinador, pokébolas e roupas.
       Estava na melhor fase de sua vida. Finalmente, depois de tantas noites em agonia, o peito chiando de dor e aquela pontada terrível que o impedia de respirar corretamente, sua saúde estabilizara e o menino tornou-se uma criança como qualquer outra, livre para correr por aí atrás de seus sonhos.
       Mas o Pequeno Exterminador sabia que nada daquilo viera de graça. Sabia que estava ali porque depois que sua mãe se fora, não pudera mais ficar parado em casa. Tinha que sobreviver. E esse fora o terrível preço da sua saúde e da sua fama.
       Pensar naquilo não ia ajudá-lo a vencer a Liga amanhã, enquanto o garoto continuou bolando sua estratégia para derrotar a menina, sua oponente, quando de repente, no silêncio da noite foi cortado pelo barulho de um carro estacionando bem em frente ao hotel...
       O garoto correu o olhar pela janela e avistou um carrão de luxo, preto, a tintura novinha brilhando ao menor vestígio de luz que vinha dos postes adjacentes. Aquele não era um carro, mas O Carro. Então a figura que desceu daquela ferrari novinha fez suas entranhas se retorcerem.
       Era um velho de cabelos esbranquecidos, uma pança saliente, usando óculos de sol (mesmo à noite) e um terno cinza recém comprado. Reconheceu imediatamente como o Campeão atual de Parisia, o homem que nunca ousara chamar de pai.
       — Mas o que--
       O garoto observou pela janela o homem entrar no prédio onde estava. E então ficou intrigado. O que ele faria aqui à essas horas? Será que estaria comendo mais uma de suas amantes para depois abandoná-las, assim como fez com sua pobre mãe?
       Estava perdido em pensamentos, o sono cada vez mais distante, quando a porta do quarto estremeceu com uma batida.
       — Hã?
       O coração do garoto disparou. Quase que saiu pela boca. Que susto levara. Será que era o serviço de quarto?
       Mas assim que abriu a porta, o menino sentiu seu chão tremer. Era seu pai que, pela primeira vez na vida, cruzara seu olhar com o dele.
       — Posso entrar? — Perguntou o Campeão, já deixando o chapéu e os óculos sobre a escrivaninha no quarto.
       — Eu... Não... Bom...
       O garoto não sabia o que falar. Nutria um ódio tão intenso por aquele germe que suas palavras se perdiam em meio a uma tempestade de insultos em sua cabeça.
       — Eu... Eu sei quem você é. — Por fim o garoto disse, ao reparar que o Campeão o observava só de pijamas.
       — Sabe, é? — O homem pareceu intrigado. Será mesmo que o menino podia se lembrar dele? Não, era impossível. Talvez Fleur tenha lhe contado quem era seu verdadeiro pai. — Você sabe que...
       — É claro, PAPAI. — O menino então, com um acesso de raiva subindo à cabeça, cuspiu nos pés do Campeão.
       O homem ficou parado, apenas observando a fúria do garoto. Por fim compreendera que não devia ter sido fácil passar tantos anos sem a figura do pai... E depois do que soubera... Depois que descobrira da misteriosa morte de Fleur... Ah, deve ter sido muito difícil.
       — Eu... Compreendo que não goste nem um pouco de mim. Fui um pai ausente, ou melhor, um pai "inexistente" durante tanto tempo... Mas eu ouvi sobre você, ouvi sobre seus feitos e fiquei descobrindo que estará, amanhã, lutando contra a melhor treinadora do país na final da Liga Parisia. Eu, como Campeão, devo admitir que é super fácil para eu descobrir informações confidenciais, então consegui rastreá-lo até esse velho hotel de ratazanas.
       — É melhor esse hotel do que dormir sob as estrelas... — Disse o garoto, agora voltando-se para a janela e voltando a observar o movimento na rua. — Você sabia, "papai", que muitas vezes eu e a minha mãe tivemos que dormir na rua? Nos despejaram tantas e tantas vezes... Ah...
       Ele nem percebera, mas já estava chorando, as lágrimas torrenciais caindo sobre seus pés descalços.
       — O QUE VOCÊ FAZ AQUI? — Repentinamente gritara, quase que amaldiçoando o homem.
       — Eu vim... Bom... Lhe contar a verdade e te desejar boa sorte amanhã, na Liga.
       — Huh... Que verdade? Que minha mãe era sua amante e você a botou pra correr grávida?
       — Bem, sim... Você... Você deve entender, Graine, que eu já tinha minha família.
       — NÃO ME CHAME ASSIM! — Berrou o menino em desespero.
       — Eu... Era casado. E ainda sou. Eu não podia simplesmente abandonar minha esposa e fugir com outra. Que escândalo seria! Pense na minha reputação como Campeão de Parisia!
       — UMA COISINHA: FODA-SE! QUE SE DANE, QUE SE EXPLODA, QUE MORRA AFOGADO COM SEU PRÓPRIO SANGUE, VELHO DO CAPETA! Por sua culpa eu quase morri uma... duas... três... TREZE VEZES! Sabe, pai, eu tenho, bem, eu tinha, uma grave doença no coração... E uma dia, ela se espalhou para meus pulmões e então atingiu os rins e o fígado. E sabe, o tratamento era muito caro para minha pobre mãe bancar... COISA QUE UM CAMPEÃO PODERIA PAGAR À VISTA! Então um dia, simplesmente um milagre aconteceu... Minha mãe morreu e eu  fui curado! Assim, do nada. E sabe o que? Agora eu tenho que viver por aí atrás de batalhas pokémons para poder me sustentar! Uma criança tendo que trabalhar! Não reclamo, pois é o melhor emprego do mundo! Mas mesmo assim... EU APOSTO QUE AS SUAS FILHINHAS OXIGENADAS ESTÃO TENDO UMA VIDA DE LUXO ENQUANTO EU ESTOU AQUI, SOFRENDO E BATALHANDO PARA ME SUSTENTAR!
       — Graine, eu...
       — NÃO ME CHAME ASSIM!
       — Graine...
       — CALA A BOCA, SEU BROXA DESGRAÇADO! EU ABANDONEI ESSE NOME FAZ TEMPO!
       — Tudo bem então... — O homem colocou a mão no bolso do chique paletó e tirou de lá um cordão feito de cipó. Enlaçado na fina corrente natural, havia um medalhão com uma árvore muito esquisita entalhada na prata. A árvore possuía oito galhos apenas, e quatro deles pendiam pro lado, enquanto os quatro restantes pendiam pro outro. Parecia-se com uma grande letra "V". — Tome!
       — O que é isso? — perguntou Graine, o exterminador.
       — É o Símbolo de Xerneas, respondeu-lhe o homem. — A única coisa que eu tenho de sua mãe comigo. Tome. É seu.
       O homem entregou o colar para o menino, que recebeu-o com as duas mãos em concha.
       — Pertenceu à vó dela, sua bisa. — Explicou o Campeão, percebendo agora que menino cessara e começara a observar o pequeno pingente na ponta do colar. — É a marca dos Xernoasis: A Árvore da Vida. Você é um Xernoasis autêntico, é claro... Sua mãe era fanática pela origem de sua família. Bom, isso você deve saber melhor do que eu...
       — Espera que eu o agradeça? — Perguntou o garoto, mas o homem não respondeu. Então Graine continuou a falar. — Muito obrigado. Diferente de você, eu sei dar valor para as coisas.
       — Ah, Graine... Quem me dera...
       — NÃO ME CHAME DE GRAINE! "SEMENTE" EM FRANCÊS! POR FAVOR... ISSO É NOME?
       — Tudo bem... Eu... Eu tenho mais uma coisa pra você. Este é o Símbolo dos Yvelgress: O Casulo da Destruição. — O Campeão tirou do casaco um pequeno broche com uma peculiar pedra negra, reluzente como o colar de Xernoasis — Naturalmente, sendo meu filho... Você também puxou o sangue dos Yveltal! E é seu dever, como meu único sucessor masculino, carregar isso...
(Fonte e Créditos)
       — Xerneas e Yveltal... — Refletiu Graine, pegando os dois símbolos. — Eu sou... Os dois? Eu sou Yvelgress também?
       — É claro. Mas você sabe que... Segundo as Lendas, a criança cujos pais forem das Famílias Xernoasis e Yvelgress poderá invocar um poder jamais imaginado e destruir o mundo... É claro que não passam de histórias contadas para tolos... Nos dias de hoje, somente pessoas como sua mãe, que se agarram à religião, podem acre--
       — NÃO FALA MAL DELA!
       — T-tudo bem! Não tá mais aqui quem falou! Eu... Vou embora. Boa Sorte Amanhã, Graine! Estou torcendo por você!
       — NÃO ME CHAME DE GRAINE! EU SOU LYSANDRE! LYSANDRE FLEUR-DE-LIS!
       — Lysandre? De onde tirou esse nome?
       — Bem... "Lis" é Lírio em Francês. A Semente brotou e se tornou um Lírio no momento em que tive que sair de casa e implorar por um pokémon inicial no laboratório do Professor Patrice. E "Fleur..." Bem, é... foi o nome de minha mãe.
       Uma lágrima grossa e quente cortou o rosto do pequeno Lysandre, pingando no tapete mofado do hotel.
       — Se você prefere ser chamado assim... Mas pra mim você vai ser sempre Graine Xernoasis Yvelgress.
       — Eu Não sou nada pra você, seu velho escroto! Pra você eu sou ser sempre "O Exterminador" de Líderes de Ginásios e nada mais! Você não me merece como filho! Eu sou bom demais pras suas canalhices!
       — Tem razão, Lys. Tem razão.
       E o homem saiu do quarto, repondo o chapéu na cabeça quase grisalha e fechando a porta na cara do menino cujas antigas famílias tradicionais se cruzaram.

Season 3 — Notas do Autor (Capítulos 6 - 16)

Não contém Spoilers caso você já tenha lido todos
os capítulos até agora, mas caso contrário... tem SIM!

Season 3 — Capítulo 16

NOTA: Ao todo, contando Side Stories, Filmes, o Especial Season 2.5, Epílogos e Capítulos Comuns, este corresponde ao número 95. Faltam 5 Capítulos para o número 100.


        — Wulfric. Aqui é Juan, o Campeão! Está me ouvindo?
        — Infelizmente. — Respondeu o líder de ginásio, de mau humor, do outro lado do telefone.
        — Já receberam os relatórios de Clemont? — Pergunta o homem em uma conexão muito ruim, do outro lado do mundo.
        — Sim. E estamos muito contentes com o resultado.
        — Bem, então deve imaginar o motivo pelo qual estou ligando: a Liga Pokémon!
        — Ah... Claro.
        — Wulfric, continue divulgando a Liga. Precisamos arrecadar alguns milhões de pokédolares para realizar pelo menos um desses projetos! É de importância máxima! Convoque narradores, juízes e árbitros, e é claro, não deixe de fazer a propaganda aos treinadores, pois serão eles que movimentarão a junção.
        — Pode deixar. — Responde Wulfric, carrancudo. — Mais alguma coisa?
        — Sim. Você deve saber como ninguém que Kalos está vivendo um crise. Pode até ser que consigamos nos livrar do meteoro em alguns dias... Mas ainda assim... Kalos continua em perigo. Lembre-se: Wulfric. A Equipe Flare fará de tudo para tomar o poder agora que os magnatas não estão presentes.
        — E agora que você vem me dizer isso? Pra sua informação, Juan, eu já tomei providências.
        — Que tipo de providências?
        — Todas as que você puder imaginar. Kalos nunca esteve tão bem protegida... Lembre-me de me candidatar Campeão quando tudo isso acabar!
        — Tenho certeza de que você seria ótimo. — disse Juan, procurando ser gentil — Mas só vejo uma coisa em você, Wulfric, que não me convence... Esse seu ego, esse seu desprezo, uma petulância absoluta. Pense, Wulfric! O que te torna diferente de Lysandre?
        — Eu...
        Mas o líder de ginásio tipo gelo ficou sem palavras. Juan tinha razão... Ele tinha toda a razão.



POKÉMON XY ADVENTURES APRESENTA:
Season 3 — Capítulo 16
Δ A Emboscada da Team Flare — VS Lucy
ESTRELANDO:
     


Season 3 — Capítulo 15

NOTA: Ao todo, contando Side Stories, Filmes, o Especial Season 2.5, Epílogos e Capítulos Comuns, este corresponde ao número 94. Faltam 6 Capítulos para o número 100.


        — Muito bem... — Olympia apoia-se na mesa de planejamento do ginásio de Snowbelle — Faltam 9 dias para a Conferência da Liga Pokémon de Kalos, onde treinadores de todas as idades batalham entre si até restar apenas um...
        — Não seria injusto com os treinadores que ainda não conseguiram suas 8 insígnias, visto que a Liga foi adiantada meio ano e super em cima da hora? — Questiona Shauna.
        — Teoricamente sim. — Responde Calem. — Mas e se aproveitássemos que todos os líderes de ginásio partiram para Hoenn e vendêssemos essas insígnias até o dia da Liga? Ajudaria a arrecadar dinheiro para o projeto!
        — É uma boa ideia. — Concorda Wulfric. — Calem, vamos implantá-la imediatamente! Eu ficarei encarregado de divulgar a Liga em si e também a venda das insígnias. Custarão Mil Pokédollars cada!
        — Certo. — Diz Calem. — Um preço razoável para treinadores e bastante em conta para o projeto!
        — Exatamente. — Continua Wulfric. — Todos aqui presentes se comprometem a ajudar na venda de insígnias?
        Todos levantam suas mãos, indicando que sim.
        — Muito bem, então a operação venda de insígnias começa AGORA!
  • Trevor, voe para a cidade Santalune! Lá você venderá a Insígnia Inseto!
  • Tierno, corre pra Cyllage e venda a Insígnia do Penhasco!
  • Shauna, você vai para Shalour! Venda a Insígnia do Estrondo!
  • Zack, para Coumarine! Você se encarregará da Insígnia das Plantas!
  • Wood, vá para o ginásio principal de Lumiose e venda a Insígnia Voltagem!
  • Matthew, fique em Laverre e venda a Insígnia das Fadas!
        — Y, X, Calem e Anna! Quero vocês aqui no quartel general! Vocês serão os "cabeças"! Não deixem que nada saia do controle! Olympia e eu vamos voltar para os ginásios de Anistar e Snowbelle, respectivamente, para batalharmos contra desafiantes! Nossas Insígnias não serão vendidas enquanto estivermos pisando no solo de Kalos! Entendido?
        — SIM, SENHOR! — Todos respondem juntos.
        — Ah... Senhor Wulfric... — Chama Y — Enquanto X, Calem e Anna formatam os panfletos de divulgação da Liga e os outros vão vender as insígnias, será que poderíamos conversar?



POKÉMON XY ADVENTURES APRESENTA:
Season 3 — Capítulo 15
Δ Nove Dias para a Liga! — VS Wulfric
ESTRELANDO:
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